No Período Arcaico, séculos VIII-VI a.C., os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens. Primeiramente, aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, braços e pernas colados ao corpo, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas ou um dos pés ligeiramente avançado, uma postura estática e, sobretudo por uma expressão facial conhecida como o sorriso grego. Essa expressão, na verdade, era fruto de um domínio restrito na exploração das feições humanas, que fazia com que o escultor arcasse as sobrancelhas, repuxasse os lábios, mas não fizesse com que as maxilas acompanhassem o sorriso. Percebe-se a influência egípcia em virtude da frontalidade e rigidez das formas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros, palavra grega que significa homem jovem, simboliza o deus da juventude e da plenitude. A versão feminina é chamada de Koré, representam jovens virgens, graciosas e encantadoras, com longas túnicas pregueadas, que eram pintadas cde cores vivas, luminosas e cintilantes.
No Período Severo, 500-450 a.C., é um período transitório entre os
estilos Arcaico e o Clássico. Caracteriza-se pela severidade e sobriedade no
tratamento dos corpos e rostos, há um congelamento da acção em movimento e,
também pelo abandono da rigidez e atitude estática do corpo, aparece maior
naturalismo e um estudo bem mais detalhado da anatomia.
No Período Clássico, século V a.C., passou-se a procurar movimento nas
estátuas, há maior uso do bronze, mais resistente do que o mármore, podendo
fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico,
as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas. As principais
características desse período são o realismo idealizado, o naturalismo, o
equilíbrio e a serenidade.
No Período Helenístico, século IV-I a.C., podemos observar o crescente
naturalismo: os seres humanos não eram representados apenas de acordo com a
idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito
de um momento. O desafio e a grande conquista da escultura do período
helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de
figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos os
ângulos que pudessem ser observados. Além disso, aparece o pathos muito
pronunciado, a composição desequilibrada para valorizar o dramatismo, a
expressão da dor física através do rosto e na tensão muscular e o abandono do
realismo idealista e da serenidade.
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